gastronomia e viagem

VÍDEO: uma viagem ao futuro cervejeiro, direto de Chicago

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: FOAB (Divulgação)

Há poucos dias, tive a oportunidade de participar de um festival que posso dizer que foi como fazer uma viagem ao nosso futuro cervejeiro. O Festival of Wood and Barrel Aged Beer (FOBAB), aconteceu em Chicago, Illinois, nos Estados Unidos, reuniu 229 cervejarias, oferecendo 412 cervejas (também incluindo Hard Cider e Hidromel). As cervejas, que podíamos experimentar (como podem perceber não faltavam opções), estavam concorrendo em 12 categorias, e o anúncio das vencedoras aconteceu durante o próprio evento. Que este ano chegou a sua 17ª edição, e é promovido pelo The Illinois Craft Brewers Guild (ICBG).



O custo era de US$ 85 (cerca de R$ 357) para cada sessão, incluindo um pequeno copo de vidro com o qual, durante quatro horas, podia-se experimentar à vontade. Todos os stands eram iguais e neles as bebidas eram servidas por voluntários, com placas indicativas com o nome de cada uma delas.

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As cervejas que encontrei por lá pertencem às cervejas extremas, sobre as quais já falei antes aqui na coluna. São cervejas com uma ou mais etapas de fermentação e/ou maturação, processo que pode acontecer em barris de madeira anteriormente utilizados por vinícolas ou destilarias, ou mesmo barris novos de madeiras especiais.

São cervejas, na sua maioria, com carbonatação mais baixa e aromas e sabores muito mais complexos tornando-as mais adequadas para o frio e harmonização gastronômica. Logo, posso dizer que este festival é uma apresentação das cervejas mais extremas dos EUA.

Quando digo que o festival era uma viagem ao futuro é porque os cervejeiros de lá já avançaram várias etapas de desenvolvimento que por aqui ainda estamos correndo atrás. Além disso, o consumidor cervejeiro também é muito mais preparado para estas experiências extremas, pois convive com este tipo de produto muito mais facilmente. Não tenho dúvida que estes estilos irão se tornar muito mais comuns no Brasil nos próximos anos. Sei de cervejarias gaúchas, ligadas a vinícolas, que estão trabalhando muito no desenvolvimento de receitas envelhecidas em barris de madeira, a ponto de estarem se especializando no segmento.

Muitas das cervejarias concorrentes eram medalhões, nomes conhecidíssimos como Avery, Brooklyn, New Belgium, Rogue, Sierra Nevada e Brewdog são apresentadas e competem em pé de igualdade com as pequenas cervejarias, o que mostrou a distribuição das medalhas, que contemplou principalmente as pequenas, as quais no Brasil provavelmente iremos chamar de Cervejaria Boutique.

A cerveja Best of Show foi Arcane Rituals uma English Barley Wine da Cervejaria Bottle Logic, da Califórnia, blend de maturação em barris de Bourbon, Brandy e Cognac, com 13,5% ABV. A vice-campeã foi a Peach Afternoon, da cervejaria The Lost Abbey, também da Califórnia, uma American Sour maturada com pêssego e chá branco em carvalho francês, com 6% ABV.

Gostei muito, entre tantas, de uma imperial stout da Cerebral, do Colorado, maturada por 22 meses em barris de Rye Whiskey, com um blend de favas de baunilha africanas. Vanilla Rye Here be Monsters, 13,5% ABV. Ficou com medalha de ouro na categoria.

Em outras categorias, honestamente, gostava mais de cervejas que acabaram levando o bronze ou nem recebido medalha. Atribuo aos critérios de avaliação, que buscam sempre as cervejas mais equilibradas e balanceadas deixando as mais marcantes ou extremas de lado.

Embora longas filas se formassem para provar as cervejas das cervejarias consagradas, experiências espetaculares estavam muitas vezes sem fila nenhuma, o que destaco deste festival, todas as provas que busquei estavam excelentes e valeram muito a pena, não tinha servida perdida.

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Os cervejeiros me perguntam: este festival vale a pena? A resposta é um categórico SIM. Chicago por si só já é um destino maravilhoso e o festival surpreende pela sofisticação e qualidade, sem precisar comentar que estes eventos são meticulosamente bem organizados.

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